Quando se é estrangeiro na Alemanha, os locais não criam muita expectativas ao seu respeito. Ou por preconceito, falta de conhecimento ou, simplesmente, porque não se importam, alguns alemães partem do princípio que:
– você nunca vai falar um bom alemão
– você não frequentou uma universidade (pobres países em desenvolvimento sem educação… Ironia mode on)
– você não tem/terá um emprego tão bom ou melhor que o deles.
– e, sendo mulher, você é só mais uma casada com um alemão…
Aí você vai lá, estrangeira, e dá uma palestra. O alemão que chegou meio cético, fica de queixo caído. A primeira pergunta é sempre: “você já sabia falar alemão antes de vir morar aqui?” E você responde: “aprendi aqui. Mas, depois de cinco anos, eu tinha que saber, não acha?” – porque faz parte do seu papel desconstruir conceitos também.
O tempo passa, vai continuar passando e as perguntas vão continuar as mesmas. A diferença é que você aprende a tirar proveito disso. Você aprende a lidar com o fator surpresa. Porque as expectativas são baixas, qualquer coisa que você fizer terá um impacto. Aí você aprende a ser soberana. Vai lá, faz seu trabalho da melhor forma possível e com segurança. A imagem que tinham de você muda e você passa a ser vista com outros olhos. Contudo, não como uma igual. Pelo contrário. Você é mais do que igual. Você é alguém que merece ser admirado. Porque, vejam só, apesar de tudo (ser estrangeira, ter que falar alemão e não ter uma educação compatível com o que eles imaginam ser a ideal.), você está lá dando uma palestra, dominando o assunto e o público tão bem ou melhor que um alemão.
Você, simplesmente, arrasa.
Gabi disse:
Uau!!! Parabéns!! Motivo pra se orgulhar demais 🙂
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essatal disse:
Obrigada!
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Bárbara Hernandes disse:
Parabéns! Esse post é muito inspirador! Ser mulher e se relacionar com um estrangeiro aqui na Europa sempre gera olhares e opiniões de que somos só mulheres em busca de visto ou coisas do gênero. Essa é a minha motivação de estudar, conseguir um bom emprego e mostrar pro mundo que não me restrinjo aos conceitos que eles nos impõem!
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essatal disse:
Exato. Vai em frente e arrase! 🙂
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Karol Freitas disse:
Parabéns, Eve! Arrasou! Estou na Alemanha há um mês e comecei a estudar agora o alemão. Simplesmente parece q não vou conseguir aprender. Eita língua ingrata rs
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essatal disse:
Uma coisa posso dizer: de vez em quando vai dar vontade de sair correndo pelada, nua e sem roupas pelas ruas por conta daquela maldita regra gramatical que você não consegue entender. Nessa hora, para, respira e dê um tempo pro seu cérebro não pifar. Entre uma aula de alemão e outra, um chá, um chocolate quente. Aí vc não pira. Vai com calma que é questão de tempo tudo se ajeitar nessa cachola. 😉
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Carol disse:
Pra quem ta no inicio dessa estrada eh inspirador e instigante ler o que voce contou. Porque muitas vezes a gente acha que nao sera possivel. Parabens!!!
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essatal disse:
Obrigada! A gente ainda vai encontrar quem nos desanime, mas somos brasileiras e estamos acostumadas a lutar pelo que queremos! 🙂
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Ana Carolina Whitaker De Carvalho Pfeiffer disse:
Delícia ler seus posts. Animador é pouco !!!! Parabéns !!!!! Continue a trilhar o seu sucesso !!!
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essatal disse:
Obrigada! 🙂
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Carolina Alencar disse:
Eve!!! Primeiramente parabens pelas suas vitorias (ando afastada do blog… mas te acompanho sempre que posso).
E depois porque voce conseguiu definir exatamente o modo o qual muitos de nòs nos sentimos morando fora depois de tantos anos!
As situaçoes e comentarios serao sempre os mesmos, è a gente que muda e tira proveito delas. E’ a pura verdade!
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essatal disse:
Obrigada, querida. Também ando sumida. Só escrevo. 🙂
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Gisley Scott disse:
É bem por aí mesmo. Chega um tempo que a pessoa não se afeta mais.A pessoa já provou pra si do que é capaz e isso é suficiente. Ô delícia!
Beijos!
Querido Deus obg por me exportar
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essatal disse:
Não é? Se arriscar, dá até uma sambadinha. Rsrsrs
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